Unimed-BH registra alta de 55% em atendimentos pediátricos por doenças respiratórias; 34 novos leitos são abertos em Betim 662x6h

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Hospital da Unimed em Betim ampliou 34 leitos. Foto: Adeilson Andrade

O aumento expressivo das internações por doenças respiratórias em Minas Gerais tem gerado alerta entre autoridades de saúde e instituições médicas. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Unimed-BH confirma a manutenção de um cenário de alta ocupação por esse tipo de enfermidade, principalmente entre o público infantil. Além disso, os atendimentos eletivos relacionados a síndromes respiratórias seguem em crescimento, evidenciando a forte circulação de vírus respiratórios neste período do ano.

Na Semana Epidemiológica 19 de 2025 (de 4 a 10 de maio), a rede própria da Unimed-BH registrou 143 internações por doenças respiratórias, sendo 82 em crianças de 0 a 14 anos. O número mantém-se elevado e preocupa os profissionais da cooperativa. Os atendimentos eletivos pediátricos nessa mesma faixa etária cresceram 55% em relação à semana anterior. Já a plataforma Saúde Digital da Unimed-BH contabilizou 5.003 atendimentos relacionados a quadros respiratórios em todas as faixas etárias, um aumento de 47% na comparação com a semana anterior.

A rede permanece em estado de atenção diante da circulação de vírus como o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Rinovírus e Influenza A, identificados pela Vigilância Sentinela de Belo Horizonte como os principais causadores dos casos de síndrome gripal.

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Diante do aumento da demanda, a Unimed-BH adotou uma série de medidas emergenciais para ampliar sua capacidade de assistência aos clientes. Entre as ações estão o credenciamento do Pronto Atendimento Pediátrico no Hospital Felício Rocho, em parceria com o Neocenter; a abertura de 34 novos leitos de internação no Hospital Unimed – Unidade Betim; reforço das equipes de saúde; ampliação da capacidade dos Prontos Atendimentos da rede própria; além do aumento do número de leitos em hospitais parceiros.

A pediatra e diretora técnica do Hospital Infantil São Camilo Unimed, Marisa Lages Ribeiro, explica que crianças com menos de cinco anos, especialmente as com menos de dois, são mais suscetíveis às infecções respiratórias por características anatômicas e imunológicas. “Nessa faixa etária, o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento e as vias aéreas são mais estreitas, o que facilita a obstrução e dificulta a eliminação de secreções”, afirma.

Ela alerta que infecções respiratórias podem evoluir de quadros leves, como gripes e resfriados, para doenças mais graves, como bronquiolite — causada, na maioria dos casos, pelo VSR —, além de pneumonia, otite e sinusite. Doenças crônicas como a asma também tendem a se agravar durante esse período e exigem acompanhamento contínuo e uso preventivo de medicações.

Orientações

A médica orienta pais e responsáveis a ficarem atentos a sinais como febre persistente, tosse contínua, dificuldade para respirar, respiração acelerada, prostração e recusa alimentar. Esses sintomas exigem avaliação médica, que pode ser feita presencialmente ou por meio de atendimento on-line. Marisa reforça ainda a importância da vacinação, higiene frequente das mãos e manutenção de hábitos saudáveis como alimentação equilibrada, boa hidratação, descanso e fortalecimento de vínculos afetivos. “O pediatra é o profissional que acompanha o desenvolvimento integral da criança e pode orientar a família na prevenção de doenças, cuidando da saúde de forma ampla e contínua”, completa.

Durante períodos de alta sazonalidade, como o atual, a Unimed-BH recomenda que famílias adotem medidas preventivas para proteger as crianças, especialmente as menores de cinco anos. As principais orientações são: manter a vacinação em dia; evitar locais fechados e com aglomeração; higienizar frequentemente as mãos; usar máscara em ambientes indicados; evitar contato com pessoas com sintomas gripais; observar os primeiros sinais de doença; manter alimentação e hidratação adequadas; e não levar crianças doentes à escola.

Essas ações são essenciais para reduzir a disseminação de vírus e minimizar a gravidade dos quadros clínicos, contribuindo para a diminuição das internações e sobrecarga nos serviços de saúde.